quarta-feira, 22 de junho de 2011

Redação com tema livre. E agora?

Dias atrás participei de uma entrevista de emprego e fui surpreendida pelo recrutador: “façam uma redação, com tema livre”. Estaria tudo bem se o tema não fosse livre, pois gastei grande parte do tempo destinado à redação pensando no que dizer. Escrever uma redação não é nenhum bicho de sete cabeças para mim, mas o fato do tema ser livre abriu um grande leque de possibilidades em minha mente e o questionamento: “qual o tema da minha redação?”
Levei comigo o questionamento sobre algo simples e corriqueiro, que pode não ser novidade para muita gente, mas que me pegou de surpresa durante a seleção. São os detalhes que nos pegam de surpresa em momentos como esse, não é mesmo?
E então?  Se o recrutador pedir uma redação com tema livre, o que escrevo? 

O objetivo do recrutador é conhecer melhor o candidato através da redação. Ele pode pedir um texto com tema livre, como forma de aliviar a tensão candidato, já que ele discorrerá sobre um assunto que domina. A estratégia não funcionou comigo. O interesse do recrutador é avaliar a capacidade do candidato estruturar idéias, de raciocinar sobre um problema ou tema e seu domínio da língua portuguesa.
A redação deve ter em média 20 ou 30 linhas e apresentar idéias claras, ser bem escrita e ter início, meio e fim. Que tenha um enredo e que se possível, consiga prender a atenção do leitor. Cristiane Gonçalves, gerente de Assessoria em Gestão de RH da KPMG, dá algumas dicas:
·          Use linguagem simples. Ninguém aguenta e nem tem tempo para ficar lendo e decifrando textos rebuscados.
·          Não use gírias. Palavras e expressões desse tipo fazem parte somente da língua falada, e ainda assim são regionais, não necessariamente conhecidas por todos.
·          Evite frases de uma palavra, ou de efeito. Palavras sozinhas não têm sentido numa redação, por isso não merecem virar frase. E frases de efeito, assim como clichês, refletem apenas a opinião de quem os criou.
·          Não abrevie. Os selecionadores não são obrigados a entender palavras abreviadas e você corre o risco de abreviar de forma errada.
·          Seja claro. Procure seguir a ordem direta da narrativa, sem inverter a sequência dos fatos ou das opiniões. Assim suas frases ficarão leves e curtas e os argumentos, claros.
·          Evite termos em inglês. Não "pega" bem americanizar seu texto, e você ainda corre o risco, novamente, de usar os termos de maneira errada.
·          Evite metáforas, analogias e outros recursos que num romance ou num poema podem ajudar muito, mas em textos objetivos só ocupam espaço.
·          Fale dos objetivos profissionais. Quando o tema for livre, prefira falar da sua carreira, profissão, área de atuação ou algo sobre a atualidade. Redações com temas do tipo "domingo no parque", "minhas férias" ou "por que tenho 20 pares de sapato no armário" são abominadas.
·          Cuidado com a redundância. Muitas vezes, sem perceber, explicamos mais de uma vez a mesma coisa, assim como fazemos ao falar. Confira se o seu texto não está repetitivo.
·          Varie o vocabulário. Usar sempre a mesma palavra demonstra pobreza de vocabulário, sem contar que o texto fica muito cansativo.
·          Evite frases longas. Elas são um prato cheio para que as idéias se percam. Ponto final é a melhor arma nesses casos.
·          Fique atento ao uso das letras maiúsculas e dos parágrafos.
·          Simplesmente apresente sua opinião. Seja ela qual for, será bem aceita se for bem apresentada. Defenda-a, mas evite radicalismos e temas polêmicos.
·          Revise. Tem gente que acha que revisão é "mal" de jornalista e escritor. Qualquer texto, sobre qualquer assunto, com qualquer propósito que seja, pode causar uma grande confusão se contiver erros, frases incompletas, etc.
Em relação ao tema, a psicóloga do Grupo Employer, Flávia Flores,  afirma que o mais adequado é falar sobre atualidades, pois isso mostra que o profissional sabe o que está sendo veiculado pela mídia e o que acontece em seu próprio país. Mas para isso, é necessário estar bem informado, não é mesmo?
Escrever sobre a empresa contratante pode dar muitos créditos profissionais, mas caso o candidato tenha feito uma pesquisa ruim, pode escrever alguma besteira e acabar prejudicado. Escrever sobre si mesmo pode ser uma boa opção, dependendo de quem está selecionando. Esta alternativa mostra algumas habilidades que não foram focadas durante a entrevista ou dinâmica de grupo, porém, a pessoa pode ser interpretada de maneira diferente daquela que queria.
Bom, processo seletivo não tem receita de bolo, mas é bom seguir algumas dicas e estar preparado para escrever uma boa redação. O importante é sempre ler bastante, manter-se atualizado e ficar calmo durante o processo de seleção. Não fui selecionada pela empresa, acredito que não tenha sido culpa da redação, mas valeu a experiência.
Que venham outras redações!


terça-feira, 21 de junho de 2011

Recém-formada, o filme.

Fazendo algumas buscas na internet, encontrei o treiler do filme "Recém-formada":


A comédia romântica mostra a história de uma garota que tem um plano perfeito: formar-se na faculdade, encontrar um bom emprego e encontrar um cara perfeito. Seus planos ficam fora de controle ao ser forçada a voltar para a casa da família e enfrentar a rotina de entrevistas e tarefas no trabalho.

Não sou fã de comédias românticas, mas pelo visto, a história é engraçada. Vale conferir e rir um pouquinho naqueles dias que não há nada para fazer.

Bom filme! ;)

Por que um diploma na mão não é a solução.


Livre do vestibular, do trabalho de conclusão de curso e de toda labuta da graduação. Enfim, diploma na mão. Mas... e aí? Qual o próximo passo?

Com muitos questionamentos em mente, é hora de enfrentar o temido mercado de trabalho, colocar em prática os conhecimentos adquiridos e pensar no futuro (ou não).

Compartilho aqui algumas das minhas experiências como recém-formada. Dúvidas, oportunidades, dicas e coisas aleatórias. Por que um diploma na mão não é a solução. 

 "Para qual lado vou agora?"